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Nem sempre fui solteiro! Não sou um Antônio Banderas, mas de vez em quando respinga na minha horta!
Vou contar uma situação que passei em uma época que minha paixão estava e conflito com meu namoro.
Essa namorada tinha um problema com minha paixão, talvez por ciúme... vai saber!
E essa paixão é algo que vem de família, vez ou outra alguém sai do caminho destinado, mas falhas acontecem.
Ah! A paixão? Meu time de coração: O Mengão!!!
Pra evitar conflitos eu não tocava no nome do meu time, e fingia (me perdoem os flamenguistas que lerem isso, sei que vão falar que não sou flamenguista e coisa e tal, mas esperem terminar a história) que não ligava mais pra futebol, ainda mais que ela se dizia anti-flamenguista (só existem dois tipos de brasileiros: os flamenguistas e os anti-flamenguistas), e o besta aqui naquela de namoro, de não querer arranjar briga, entrou nessa.
Só que ela morava a quase 100km de distância e quando não estávamos perto um do outro, eu vestia o manto sagrado, cantava o hino, ia pra barzinho assistir jogo, comemorava na Rua da Lama as vitórias do meu time e etc...
Podem me chamar de falso e traidor da torcida, mesmo porque me chamavam era de viadinho, bichinha, cagão e por aí vai.
Mas continuando...
Era uma tarde de 2001 (27/05/2001 pra ser mais exato!) estávamos fazendo sei lá o que, e decidimos entrar pra ver o que estava passando na televisão, sentamos na sala e lá estava passando o jogo da final do carioca.
Pra manter a aparência lá estava eu olhando pra televisão e torcendo pra ela me deixar ver o jogo (eita cabra froxo), mas ela sabia mais do que eu pensava, e chegou a comentar que meu time do coração tinha poucas chances de ganhar, pois já tinha perdido o primeiro jogo por 2x1.
E eu quieto, só assistindo ao jogo, e ela parecia empolgada com a situação, pois embora estivéssemos ganhando de 2x1, só seriamos vitoriosos se fizessemos mais 1, coisa que parecia impossível. Isso mesmo... PARECIA!
E eu já estava incomodado com aquela situação, 40 minutos do segundo tempo e nada! 41 e Nada! 42 e opa... falta pra cobrança de Petkovic.
Petkovic pega a bola e arruma com carinho, segundo conta a lenda ele conversava com a bola nesse momento. Enquanto isso Helton vai arrumando a barreira. Passamos pros 43 minutos, Pet corre pra bola e ...... GOL!
Não acreditei no que estava vendo! Meu time de coração, minha paixão de infância estava se tornando mais uma vez campeão carioca em cima do bacalhau! E pelo terceiro ano consecutivo.
Pra não arranjar confusão tentei ficar na minha, mas meu coração (literalmente) me traiu!
Ela estava enconstada no meu peito, de costas pra mim e no instante seguinte do gol ela se levanta meio assustada (calma gente), me olha estranhamente e pergunta "O que é isso?", fiquei sem ação na hora, e ela continuou "Você estava torcendo pra esse time?", aí o tempo fechou!!!
Levantei e disse "Claro! Você esperava o que? E além do mais nem to gritando nem nada!!!". Aí ela me pegou: "Mas eu senti seu coração batendo mais forte na hora do gol! E isso é comemorar!".
Me digam, como argumentar contra isso?
Chutei o balde! E o pau comeu! Mas nessa hora nem queria saber! Queria comemorar a vitória do meu time de coração, catei meu celular e liguei pra um primo meu (O mesmo da boate) que estava no Maraca naquele exato instante e quando ele atendeu, sinceramente e literalmente, chorei de emoção!!! O que eu ouvia eram gritos de um Maraca lotado, uma multidão que cantava e gritava comemorando o título! Meu primo? Ficou lá com o celular ligado e gritando e o besta de cá, só ouvindo!
Não tinha me dado conta mas o jogo já tinha acabado e o Maraca, o Rio, o Brasil já estava em festa! Fogos estouravam pelas ruas, pessoas gritavam das janelas e eu não podia ficar de fora!!! Corri pro Triângulo das Bermudas pra aproveitar o carnaval que já havia se formado e foi só festa!
Agora sinceramente.... sou muito mais feliz podendo torcer pro meu time do que ficar fingindo só pra agradar!
Imitando agora o Jacaré. Esse post aqui vai pro item "Histórias que me fazem continuar solteiro".
Abração e volto em breve com novidades!
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